domingo, 18 de outubro de 2009

Playground...


Em constante observação da vida do homem moderno me veio a idéia de escrever sobre um fenômeno que acontece, já, há, algum, tempo.
O Playground.
Mais do que divertidos lugares para o passatempo de crianças em praças, parques, condomínios e outros tantos lugares o playground é um acontecimento gastronômico. Sim, gastronômico.
Grandes chefões da comida fast food (enche o bucho e vaza!), adoram este tipo de entretenimento e o evento factual se espalha, em grande rapidez e quantidade pra qualquer lanchinho ou pizzaria de bairro. De norte a sul do país e de leste a oeste das cidades.
O fato é que; pensam os Mc Men: " pais detestam sair e não terem sossego pra comer tendo que aguentar os filhos enchendo o saco. Também se sentem culpados de sair e deixar os rebentos em casa...Claro! a solução é colocar um bom e belo....PLAYGROUND! As pestes se divertem, os pais com tempo comem mais e em paz, ainda mais; os lindinhos se cansam, sentem mais fome e também comem mais! Preciso de algo que os prenda aqui...talvez algo inflável ou um estúpida cama elástica. Euréca vou ligar pro Ronald."
Os pais, felizes da vida tornam-se ainda gratos ao milionário dono do restaurante acreditando ser um gesto de bondade, gentileza e extrema preocupação com seu bem estar a presença daquele "generoso" playground.
Penso: "Cuidado com playgrounds." Não dá pra comer brincando, comida não é brincadeira.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

PlastiXcidade








Fotos: Murilo Ganesh e Bruno Pavão
Performers: Isis, Juliana Moura, Pedro Torres e convidados.
Intervenção Urbana feita nas ruas, becos e avenidas de São Paulo. Fotos exibidas na exposição de corpos nús da galeria Casa da Chiclete - Vila Madalena, Teta Bar - Pinheiros entre outros e que depois se transformou em uma "performance cênica" ficando em cartaz por três meses no Teatro do Centro da Terra - Sumaré.
To be continue...

sábado, 5 de setembro de 2009

Recado à vaca de saltos


Guarde pr'a você essas palavras reles que saem dessa boca fétida, dessa língua potrida. Oh! grande vaca de saltos e bunda grande.
Enfie pela guela a baixo todas suas opiniões politiqueiras. Você, vaca que pensa tudo saber, que se coloca no papel de juíza de seu vasto e velho rebanho de vermes.
Saiba que muita força faço pra escrever essas linhas e pelo menos aqui - saiba que faço força. Que tiro do fundo do meu reto, quase do cú e saiba também que só não as tiro do cú, porque o uso pra coisas mais interessantes e mesmo ai faço força.
Nunca mais ouse pronunciar uma de suas baixas e burras opiniões sobre minha pessoa.
Desejo que fique sempre fazendo parte dos "pata de vaca" e tendo como único diferencial os saltos que usa e acredita lhe fazerem superior e sua bunda mole que pra nada serve.
Rumine cada letra, guarde em sua boca e se quiser engula -as, ou, rumine até a morte!


ATENÇÃO! Essa é uma obra de ficção, qualquer semelhança é mera coincidência.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Títere

Decidi falar o que as pessoas querem ouvir. Falar o que os olhos pobres a alma-ego e os ouvidos entupidos de sabonete não podem ouvir. E deixar minha arte para - velho ofício- pr'as verdade que me assombram. As claridades sertanejas que platônicamente não stop to de ascender.
Teatro puro Drama que vai do frequente ao esporádico.
Verborágico numa mesma alma.
Deixo o artista de lado. Artistas são perpetuamente metediços. Fazemos - quando bem dá- tão bom a arte.
Permito-me ficar só com o tão bom da arte. O artista pr'as bocas que insistem me dizer.
Mato os burros.
Exalto os idiotas.
Que riam os loucos.
Chic-s Cult-s Choc-s Chato-s Cheiro-verde
E que pulem p'rao abismo/om os que gritam querendo voar.
Contemos até dez.
10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Maxidesvalorização Maviosa


E olha que eu sou
Pseudo!
Pseudo pseudo,
Pseudo pseudo pseudo
Pseudo
Pseudo
Van pseudo
Pseudo?
Pseudo,
Pseudo...
Apesar de ser pseudo pseudos.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Willy









Em visita recente ao blog do meu querido amigo Gerald Thomas, tive contato com está - que pode se chamar de denúncia horrenda.
O que pensar da vida e daqueles que sabemos que amamos, quando nos deparamos com um mar de sangue e crueldade.
As pobres políticas a respeito da preservação do meio ambiente vão até a metade da página, pois, enquanto politiqueiros ficam levantando a bandeira da Amazônia e não fazem nada - até porque estudo recente mostrou que o desmatamento continua aumentando - lá do outro lado da paçoca (como podemos ver nessas fotos) o bicho tá pegando ou será que o homem tá pegando o bicho...Fica aqui uma reflexão pra essa sexta-feira linda, de céu azul (pra quem?), libertinagem e coração amargurado.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A volta ao mundo em algures lugares presentes


Ainda me lembro das bonecas de veludo que papai trazia de Frankfurt. Com meias desenhadas com imagens sexuais do extremo oriente...e polainas feitas pelas lésbicas cegas do Alabama.
E papai carregava triste os sapatos cor de ocre, estilizados por anciãs ciamesas e hermafroditas de Caraguatatuba.
Mamãe as recebia à piscar com solenidade. Mas, sonhava com a imagem bizarra e repetitiva da ovelha clonada em altos montes verdejantes do extremo sul de Madagascar.
Me lembro também do pestanejar Húngaro que papai reclamava enquanto espancava mamãe à presentes e vovó a se balançar e babar e a soltar rojões de flatulência mórbida que carregava durante anos em sua cadeira feita por índias manetas do extremo leste da costa do vento norte e trovejante do Oiapoque.
Agora, eu, vivo só, em compania de minhas bonecas européias, porém vestida com trapos feitos pelas minhas mãos já duras pelo sal do ocidente.
E vivo aqui, na roça postana com minha vaca profana e seu ruminar incessante. Brotando em bosta seus cogumelos recheados com néctar licérgico de açúcar triunfante.