terça-feira, 18 de agosto de 2009

Títere

Decidi falar o que as pessoas querem ouvir. Falar o que os olhos pobres a alma-ego e os ouvidos entupidos de sabonete não podem ouvir. E deixar minha arte para - velho ofício- pr'as verdade que me assombram. As claridades sertanejas que platônicamente não stop to de ascender.
Teatro puro Drama que vai do frequente ao esporádico.
Verborágico numa mesma alma.
Deixo o artista de lado. Artistas são perpetuamente metediços. Fazemos - quando bem dá- tão bom a arte.
Permito-me ficar só com o tão bom da arte. O artista pr'as bocas que insistem me dizer.
Mato os burros.
Exalto os idiotas.
Que riam os loucos.
Chic-s Cult-s Choc-s Chato-s Cheiro-verde
E que pulem p'rao abismo/om os que gritam querendo voar.
Contemos até dez.
10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Maxidesvalorização Maviosa


E olha que eu sou
Pseudo!
Pseudo pseudo,
Pseudo pseudo pseudo
Pseudo
Pseudo
Van pseudo
Pseudo?
Pseudo,
Pseudo...
Apesar de ser pseudo pseudos.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Willy









Em visita recente ao blog do meu querido amigo Gerald Thomas, tive contato com está - que pode se chamar de denúncia horrenda.
O que pensar da vida e daqueles que sabemos que amamos, quando nos deparamos com um mar de sangue e crueldade.
As pobres políticas a respeito da preservação do meio ambiente vão até a metade da página, pois, enquanto politiqueiros ficam levantando a bandeira da Amazônia e não fazem nada - até porque estudo recente mostrou que o desmatamento continua aumentando - lá do outro lado da paçoca (como podemos ver nessas fotos) o bicho tá pegando ou será que o homem tá pegando o bicho...Fica aqui uma reflexão pra essa sexta-feira linda, de céu azul (pra quem?), libertinagem e coração amargurado.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A volta ao mundo em algures lugares presentes


Ainda me lembro das bonecas de veludo que papai trazia de Frankfurt. Com meias desenhadas com imagens sexuais do extremo oriente...e polainas feitas pelas lésbicas cegas do Alabama.
E papai carregava triste os sapatos cor de ocre, estilizados por anciãs ciamesas e hermafroditas de Caraguatatuba.
Mamãe as recebia à piscar com solenidade. Mas, sonhava com a imagem bizarra e repetitiva da ovelha clonada em altos montes verdejantes do extremo sul de Madagascar.
Me lembro também do pestanejar Húngaro que papai reclamava enquanto espancava mamãe à presentes e vovó a se balançar e babar e a soltar rojões de flatulência mórbida que carregava durante anos em sua cadeira feita por índias manetas do extremo leste da costa do vento norte e trovejante do Oiapoque.
Agora, eu, vivo só, em compania de minhas bonecas européias, porém vestida com trapos feitos pelas minhas mãos já duras pelo sal do ocidente.
E vivo aqui, na roça postana com minha vaca profana e seu ruminar incessante. Brotando em bosta seus cogumelos recheados com néctar licérgico de açúcar triunfante.